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arroba
Here are a two letters seeking fairer treatment for ID from the Brazilian Association for the Advancement of Science (BAAS):
Dear Monserrat,
Throughout the last two years we had the privilege of seeing our texts published on this JC E-Mail pointing out the impending paradigm shift in evolutionary biology and the promotion/defense of Intelligent Design theory. However, by not publishing our last texts rebutting Pieczarcka (much earlier) and Pie (more recently) seems to indicate something: the free debate and defense of radical ideas is over in this media space. Why our rebuttal to Pieczarcka hasn’t been published yet despite the fact that the text was sent to him?
Nowadays, the suppression of Darwin dissidents is a worldwide tactics, one that in the short term will bring inesperate results to the “Scientific Nomenklatura” — for as many some sectors in the Academia close these doors and prohibit the free debate of ID and the epistemic insufficiencies of origin and evolution of life current theories, more this will call the attention of other scientists, students, non-specialized lay people that something very unusual is happening and that the ID proposals might well be worth considering with scientific integrity and rigor.
If this kind of “Scientific McCarthysm” (the intelectual tribalism that considers defenders of non-conventional ideas as enemies) has arrived on this JC E-Mail it is simply deplorable. The scientific truth may be hindered for a while, but not forever.
Truly yours,
Enézio E. de Almeida Filho
Prezado Monserrat,
Ao longo desses últimos dois anos tivemos o privilégio de ver nossos textos destacando uma iminente mudança paradigmática em biologia evolutiva e a promoção e defesa da teoria do Design Inteligente neste JC e-mail. Todavia, a não publicação de nossos últimos textos replicando a Pieczarcka (bem anterior) e a Pie (mais recente) parece indicar algo: a livre discussão e defesa de idéias radicais acabou neste espaço midiático. Por que a réplica a Pieczarcka ainda não foi publicada apesar de o texto ter sido enviado a ele?
Hoje, a supressão dos dissidentes de Darwin é tática mundial, mas que a curto prazo trará resultados inesperados para a “Nomenklatura cientÃÂfica” — quanto mais alguns setores da academia fecharem essas portas e proibirem a livre discussão da TDI e as insuficiências epistêmicas das atuais teorias da origem e evolução da vida, mais isso chamará a atenção dos demais cientistas, estudantes e leigos não especializados de que algo muito inusitado está ocorrendo e que as propostas do DI podem ser interessantes de serem consideradas com seriedade e rigor cientÃÂfico.
Se este tipo de “Macarthismo cientÃÂfico” (o tribalismo intelectual que considera os defensores de idéias não convencionais como inimigos) já chegou a este JC e-mail é simplesmente deplorável. A verdade cientÃÂfica pode ser impedida de veicular por um tempo, mas não por todo o tempo.
Atenciosamente,
Enézio E. de Almeida Filho
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“J’accuse!”
O texto de Marcio Pie, “Design Inteligente: ignorar o problema não vai fazer com que ele vá embora”, (JC e-mail 2984 de 14.11.05), demonstra a inquietante preocupação, o desespero kafkiano, e o ‘vale-tudo’ da subjetividade de alguns cientistas contra a teoria do Design Inteligente [TDI] por ser um fenômeno cientÃÂfico mundial.
O caso de Dover, Pensilvânia (EUA) não foi tentativa do movimento do Design Inteligente (MDI) para integrar a TDI ao currÃÂculo de escolas secundárias usando batalha judicial. Somos contra este tipo de ação polÃÂtica:
http://www.discovery.org/scripts/viewDB/index.php?command=view&id=3003&program=News&callingPage=discoMainPage
Michael Behe não demonstrou ginástica mental necessária para podermos considerar o DI como ciência, e nem “mudou a definição de ciência”. Para embaraçar o ‘advogado astuto’, Behe usou a definição de ciência da National Academy of Science (NAS), mas não a tipicamente usada pelos cientistas:“uma explicação bem substanciada de algum aspecto da natureza que pode incorporar fatos, leis, e hipóteses que são testadas. A contenção de que a evolução deveria ser ensinada como ‘teoria, não como fato’ confunde o uso comum dessas palavras através da acumulação de evidência. Antes, as teorias são os pontos finais da ciência.
Elas são as compreensões que se desenvolvem através de extensiva observação, experimentação, e reflexão criativa. Elas incorporam um grande corpo de fatos cientÃÂficos, leis, e hipóteses testadas, e inferências lógicas”. (Science and Creationism: A View from the National Academy of Sciences, 2a. ed. (1999), pg. 2).
Foi nesse sentido de ‘extensiva observação, experimentação, e reflexão criativa’ que Behe acolheu a astrologia como parte do processo de fazer ‘ciência’: as falsas teorias geralmente fornecem bons insights que ajudam a produzir melhores teorias!
Todos os teóricos e proponentes do DI acreditam que o geocentrismo e a astrologia são 100 por cento erradas, mas fizeram parte da construção de teorias mais corretas.
Será que apenas ‘poucos cientistas’ sabem o que propõe o MDI? Nós vamos responder as três questões: o que é DI? Por que DI não é ciência? Seria DI o resultado de uma teologia equivocada?
A TDI é o estudo de padrões na natureza que são melhor explicados como resultado de inteligência.
O ‘filtro explanatório de Dembski’ não detecta a identidade nem a natureza do designer porque não é um detector ontológico, mas um método cientÃÂfico para decidir entre acaso, necessidade e design.
A ‘complexidade irredutÃÂvel’ (Behe) e a ‘informação complexa especificada’ (Dembski) são conceitos potencialmente falsificáveis (Popper) e deveriam ser empiricamente investigados. Ninguém até hoje refutou a tese de Behe nem a de Dembski.
Consideremos os ‘inúmeros obstáculos’ para a TDI ser considerada uma abordagem cientÃÂfica:(1) Não há uma forma positiva de se detectar o designer.
A TDI invoca uma inteligência inobservável para explicar as caracterÃÂsticas de design observáveis na natureza. Isso não depõe contra sua suficiência epistêmica, pois outras teorias cientÃÂficas invocam entidades inobserváveis para explicar dados observáveis: em fÃÂsica teórica as forças, campos, átomos e quarks; em biologia evolutiva as formas transicionais das espécies na árvore da vida e o ancestral comum universal também são inobserváveis.Ernst Mayr, o mais eminente dos darwinistas, afirmou: “A biologia evolutiva, em contraste com a fÃÂsica e a quÃÂmica, é uma ciência histórica – o evolucionista tenta explicar eventos e processos que já aconteceram. As leis e os experimentos são técnicas inapropriadas para a explicação de tais eventos…†in “Darwin’s Influence on Modern Thoughtâ€Â, in Scientific American, p. 82-83, julho de 2000.
(2) Não há nenhuma proposta sobre os mecanismos que esse designer usaria para influenciar os fenômenos estudados.
Quais são as leis da fÃÂsica e quÃÂmica propostas para a dinâmica de movimentação das placas tectônicas? Como que os mecanismos evolutivos propostos por Darwin et al. influenciam em termos de informação genética na transmutação das espécies?(3) A abordagem do DI não faz previsões que podem ser testadas e que a “previsão” de design é sempre a posteriori”.
A teoria de Darwin não foi julgada pela capacidade de predizer resultados assim que certas variáveis tinham sido estabelecidas. Ela foi julgada comparando-se sua capacidade de explicar uma variedade de fenômenos biológicos já conhecidos (homologia, evidência fóssil e semelhança embriológica) contra o poder explicativo de teorias rivais.Qual é o mecanismo responsável pela origem e evolução das espécies? Nihil et pluribus! mas isso não impede que seus proponentes afirmem haver evidências de evolução em todo lugar: na explosão do Cambriano, no processo de especiação, no sistema de coagulação sanguÃÂnea, na estrutura do flagelo bacteriano, no olho, no cérebro, ad infinitum.
Os mais de 400 cientistas apoiando publicamente a TDI foram convencidos da deficiência epistêmica da evolução darwiniana pela nova evidência cientÃÂfica e incentivam seu exame crÃÂtico:
http://www.discovery.org/scripts/viewDB/index.php?command=view&id=2732O artigo ‘obscuro’ de Stephen Meyer, “The Origin of Biological Information and the Higher Taxonomic Categories”, in Proceedings of the Biological Society of Washington 112(2) August 2004): 213-239, provocou uma ‘inquisição sem fogueiras’ contra o editor Richard Sternberg. http://www.rsternberg.net/OSC_ltr.htm
Se não apresentava ‘nenhum dado original’ (a origem da informação biológica em taxa superiores como evidência empÃÂrica de design inteligente durante a explosão cambriana), por que essa atitude de caça às bruxas?
A inexistência de mais artigos sobre a TDI é explicada, não invocando conspiração pelos cientistas, mas pela atitude de exclusão dos ‘guarda-cancelas epistemológicos’. Michael Behe que o diga: http://www.discovery.org/scripts/viewDB/index.php?command=view&id=450
As idéias revolucionárias de Copérnico, Galileu, Newton, Darwin foram promovidas sem o processo de revisão por pares (então inexistente). Hoje, idéias revolucionárias são ‘censuradas’ pela ideologia de muitos revisores que parecem não entender o que é ciência!
Por ser a TDI uma teoria cientÃÂfica e não ‘teologia’, ela não reedita o argumento do “Deus dos buracos” (sic). Ela se propõe identificar ‘sinais de inteligência’ na natureza.
Finalmente, cientistas não precisam de conselhos práticos, mas ao se depararem com essas questões, sigam as evidências aonde elas forem dar!
Hoje, nós proponentes do DI somos uma minoria entre os cientistas [cristãos e agnósticos], mas existe um grande número de dissidentes que ainda não pode se manifestar abertamente.
Uma fonte de informações sobre como a grande mÃÂdia reporta ‘a controvérsia’ é http://www.evolutionnews.org
Os leigos simpatizantes do DI são inteligentes, sabem como a ciência funciona, e usam da ‘Presunção Democrática’ de Steve Fuller para esse conhecimento e prática de ciência sem precisar que imaginários sumos sacerdotes medeiem esse conhecimento: http://www.warwick.ac.uk/~sysdt/Index.html
“J’accuse!”, a “batalha” do MDI não é uma entre ‘fé e ciência’, mas de ‘scientia qua scientia’ despida do materialismo filosófico.